Convivendo com a Miastenia Gravis generalizada por mais de 20 anos
Convivendo com a Miastenia Gravis generalizada por mais de 20 anos
"Se não há remédio, remediado está!"
Na imagem, o meu laudo deste ano, 2020:
Tenho Miastenia Gravis generalizada desde os 13 anos. Hoje tenho 38 anos e
estou em uma fase boa da saúde como um todo, sem uso de medicação.
Recebi o diagnóstico através do teste positivo de eletromiografia e de anticorpo
acetilcolina, este último com resultado de 108nmol/L, 432 vezes acima do considerado
normal, resultado do ano de 2015.
A Miastenia Gravis começou afetando a visão, vista cansada e dupla, face caída,
sem ptose mas uma expressão facial como se estivesse com "sono".
Aos 16 anos, afetou pernas, braços e mãos. Depois dos vinte, dificuldade para
mastigar e falar, pouca força. Sintomas flutuantes, ora menos, ora mais.
Sensação de corpo pesado. Desde a adolescência que não consigo correr ou andar
de bicicleta.
Nunca tive crise miastênica, ou seja, nunca tive dificuldade de respirar. Embora, a minha
força pulmonar seja um pouco abaixo do ideal, conforme o resultado de um exame que
fiz há 2 anos atrás.
Porém, o diagnóstico só veio aos 30 anos, um diagnóstico tardio.
Apesar das limitações e do sofrimento que isso me gerava, eu criei estratégias para
me adaptar. Estudei, trabalho.
Recebi o diagnóstico quando já usava bengala, não conseguia usar o transporte público,
pouca força para andar. Até então, o meu diagnóstico, durante vários anos, foi de depressão.
Fiz psicoterapia, durante anos, e ajudou em parte, porque a Miastenia Gravis tem haver com
o emocional também. Se há estresse, os sintomas tendem a piorar bastante.
Após o diagnóstico, foi apresentado, a mim, o tratamento da Miastenia Gravis: mestinon,
corticóides, imunossupressores.
O mestinon me causava câimbras nas pernas, então, rejeitei, pois já usava bengala.
Com as câimbras pioravam as minhas pernas. Os corticóides e imunossupressores nunca
usei, não aceitei por considerar agressivos à saúde em geral.
A minha neurologista não recomendou a cirurgia da timo porque, no meu caso, a timo estava
saudável. Concordei com a neurologista a esse respeito, pois evito me submeter
a tratamentos agressivos ou invasivos.
Após o diagnóstico, entendendo que a Miastenia Gravis generalizada se devia a uma questão
de imunidade e anticorpos, que é uma doença crônica inflamatória, passei a buscar práticas
que promovessem uma boa saúde imunitária. Mudei o meu estilo de vida, trabalho, moradia,
hábitos alimentares, perdi excesso de peso, ficou mais fácil para andar, sentar, levantar,
agachar.
Adotei o Crudivorismo, em agosto de 2015, junto com a prática do jejum intermitente.
A alimentação somente de vegetais crus: verduras, legumes, frutas, castanhas, sementes,
brotos, germinados, etc. A prática do jejum intermintente com uma alimentação crua vegetal
possui alto poder anti-inflamatório.
Hoje vivo a melhor fase da minha saúde. Não estou curada, porém as forças aumentaram.
Muitas vezes, uso ainda a bengala, mas tenho força para andar vários quarteirões, usar o
transporte público, falar por mais de 20 minutos. Antes, falar 1 minuto, já era exaustivo.
Agradeço a atenção!
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